Depois de muito pesar se valia a pena ou não voltar a postar aqui no blog, resolvi levar adiante este espaço que foi criado com muito carinho para falar de tricô, passar adiante um pouco do que aprendi ao longo de muitos anos brincando e às vezes brigando com as agulhas.
Meu silêncio se deu apenas por falta de tempo e de inspirção para escrever algo de interesse, ou mesmo postar uma nova receita. Afinal, não dá prá pisar na bola com quem gentilmente me visita.
O ano está correndo solto, as crises (materiais, morais, espirituais) batendo às portas de muitas familias e nessas horas, nada como um bom tricô, ainda que básico, para preencher o 'tempo extra' que muitas pessoas têm. Muitas vezes somos obrigados a permanecer em casa por falta de emprego ou por motivos de saude. Outras vezes ficamos em casa por opção, mas aí só a televisão, o livro, o computador, os afazeres domésticos nem sempre preenchem uma certa sensação de vazio, aquela sensação de estar perdido que nem cachorro que caiu da mudança.
Nessas horas o tricô, assim como outras tantas artes manuais nos trazem alento. E às vezes até uma grana extra. É certo que ninguém vai ficar rico e poderoso fazendo tricô, mas tem muita gente se dando bem com isso. (o que não é o meu caso).
O mercado de fios está de vento em popa trazendo novos lançamentos, lojas especializadas em armarinhos, artesanato e fios estão investido pesado nas vendas online (diga-se de passagem algumas lojas online são absolutamente impecáveis em termos de eficiência no envio das mercadorias como é o caso do
Bazar Horizonte,
Aslan e
H.Marin).
Nossas publicações sobre tricô e crochê é que ainda não entenderam o espírito do novo tipo de consumidor que pipoca aqui e acolá, dia após dia, ávido por boas publicações com contéúdo interessante e padrão editorial de melhor qualidade. Mas isso tende a mudar. Não dá para parar no tempo e nivelar sempre por baixo quem busca informação sobre as artes tricotísiticas ou crochetísiticas.
Sonho com o dia em que vou encontrar na banca da esquina uma revista especilizada em tricô com o padrão da Vogue Knitting, só para citar minha revista favorita. Viajo na batatinha, imaginando livros poderosos, com capa dura, maginificamente ilustrados, e em português (não que o inglês seja uma barreira), enfeitando às vitrines da Livraria Cultura.
Devaneios a parte, acho que já evoluimos muito nos últimos tempos.
E para melhorar ainda mais nosso ânimo, os grandes desfiles Fashion Rio e SFW ne início do ano trouxeram muita coisa em tricô nas várias coleções, sinalizando uma moda que veio para ficar.
Sou sincera, não sou muito de modismo, mas gosto de saber das tendências. Afinal, agente nunca sabe se qualquer dia vai querer desfilar por aí com um vestinho mini, balonê e com manguinhas bufantes (ai que horror).
Gosto do clássico no tricô do dia a dia e coisas mais peruescas de quando em quando para uma ocasião especial.
Apostando na idéia do mais clássico e democrático em termos de tricô a Aslan está com novas receitas no seu site, onde esta tendência já pode ser vista. Não deixem de olhar com carinho a linda receita da Blusa Alecrin (muito classuda) tecida por uma tricoteira-arteira muito querida (né Paula), um xale 10 tecido por alguém que tem o dom de transformar os fios em tramas lindas (né Verinha). Eu também estou lá com o
Casaco Aniz.

E tem mais, mas isso já é para um outro dia. Xô crise! Dá-lhe tricô.