terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Enfeite Vapt-Vupt

Nessas alturas do campeonato você trioteira-arteira, visitante querida, já deve estar com sua casa toda linda e decorada para a esperar o Natal. Mil luzinhas, árvore caprichada, alguns pacotes já estratégicamente colocados sob a 'estrela da festa'. Até sua porta já se vestiu para o Natal.
Mas tem um cantinho que está meio pelado. E é aí, para vestir esse cantinho em grande estilo, que suas agulhas mágicas vão entrar em ação.
Nada tecnológico, piscante. Seu cantinhovai tomar vida com algo singelo, rapidinho para fazer e sobretudo baratinho. Nesses tempos de incertezas, não dá prá sair comprando tudo o que vemos de lindo e sofisticado, mas nada lhe impede de tecer alguma coisa com muito carinho para a sua casa. Então sem mais blá-blá-blá, dá só uma olhadinha no pinheirinho que está adornando a minha porta este ano.

Gostou? Tá a fim de tecer? Lhe digo de antemão você vai gastar menos de 3 horas e no máximo 5 reais para ter seu pinheirinho penduradinho na porta.
A receita está disponível no link das Receitas de Milady
A partir da receita básica dá prá criar variações na decoração e no tamanho e tenha certeza vai ter gente querendo levar prá casa....
Bom tricô e até a próxima.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tricô feltrado: uma arte "desregrada"

Mais uma vez a inpiração para uma nova postagem para este espaço surgiu a partir de uma discussão num dos grupos de tricoteiras-arteiras do qual faço parte. Lendo atentamente o que foi comentado sobre os erros, acertos, desastres e vontades de desenvolver algum trabalho em tricô feltrado, de repente minha cabeça começou a fervilhar com tantas informações que eu poderia passar a quem se interessa pelo assunto. E assim, ao invés de falar para o grupo em particular, pensei em dividir com mais pessoas aquilo que aprendi em outros blogs, livros, acertos e erros pessoais.
Diferentemente da feltragem feita com a utilização de fibras de lã sem cardar (fiar) que são moldadas ou modeladas originando uma projeto, o tricô feltrado não é uma arte exata e previsível. Tricô ou crochê feltrado são 'desregrados' e quase imprevisíveis no seu tamnho final.. Porisso, dificilmente um trabalho feito em tricô ou crochê fica exatamente igual ao outro após a feltragem.
Mas afinal, o que é tricô feltrado, ou melhor, o que é feltragem?
Simplificadamente, a feltragem nada mais é que a transformação através da lavagem em água quente e compactação de fibras 100% lã (top de lã) ou fios 100% lã, num tecido grosso e resistente chamado feltro. A explicação pode parecer meio simplista, mas é só isto.
Não vou me ater a falar em feltragem de fibras pois não entendo nada do assunto. Apenas me encanto com trabalhos lindos como os da Tania Stahl de que falei na minha última postagem.

Para facilitar o entendimento do processo de feltragem de tricô (ou crochê) vou tentar explicar resumidamente o que acontece com sua arte tricotística quando você resolve 'cozinhar' a dita cuja e transformá-la num tecido.
Se você se interessou em saber o que afinal acontece com seu 'cozido' e qual o melhor caminho para obter resultados interessantes com essa técnica 'desregrada', dá uma olhada nas dicas que separei prá voces.

1. Ao tecer uma peça que será feltrada use agulhas grossas (de 8 a 10). A idéia é deixar o trabalho molenga para permitir a expansão da fibra de lã. Aqui no Brasil os fios comerciais 100% lã disponíveis no mercado são o Paratapet (Pingouin) e Tapecebem (Circulo). Recentemente descobri aqui no Brasil um pessoal lá do Rio Grande do Sul que desenvolve fios artesanais 100% lã maravilhosos. Trata-se da Fiolã que não tem loja virtual, mas aceita pedidos por email

2. Lã branca não feltra pois foi submetida a processos químicos pesados para alvejar a fibra. O crú feltra perfeitamente.

3. Cores escuras às vezes desbotam então cuidado ao misturá-las com cores claras.

4. De quando em quando encontramos o fio Paratapet na versão Eureka que é o mesmo fio, porém com irregularidades (nós ou cores fora do tom da cartela). Se você tiver dúvida sobre a composição do fio, queime com um palito de fósforo um pedacinho do mesmo. Se for 100% lã , ao queimar o fio vai exalar cheiro de cabelo queimado (lembre -se que a lã é o cabelo' de bichinhos peludos) e o resultado da queima é uma cinza que se desfaz ao ser manuseada. Se o fio apresentar mistura com fibras sintététicas, ao queimar a fibra vai cheirar a plástico queimado e o resultado da queima vira uma bolinha preta dura.

5. Ao usar água quente sobre um trabalho executado em fio 100% lã (e somente fibras naturais de origem animal), você relaxa o fio de lã (fibra) e aumenta os espaços 'vazios' entre elas. Porisso o tricô fica todo molenga e imenso. Esse relaxamento das fibras tem um limite, ou seja, espixa até um certo ponto, enche de água e aí pára. Quando se atinge o grau de saturação máximo da fibra, então é hora de começar a reduzi-los através da compressão e compactação para tranformar em 'tecido'.

6. Muita gente que feltra a mão conta que esfregou o danado do tricô até quase esfolar os dedos para conseguir a compactação das fibras.

Da teoria à prática
Dica 1: Ao invés de esfregar, comprima, aperte, esprema...o tricô molhado na água quente.
Costumo feltrar à mão deixando a peça inicialmente num molho de água bem quente (não precisa estar fervendo) com uma colher de sopa de bicarbonato de sódio (o bicarbonato de sódio neutraliza eventuais resíduos de cloro da água) por cerca de 15 minutos mexendo com uma colher de pau. A seguir dou uma enxaguada com mais água quente e coloco um pouquinho de detergente para lavar louça neutro (o amarelinho) na água. Continuo mexendo por mais alguns minuto e aí começo o processo de feltrar. Uso o rolo de macarrão e uma tábua de madeira. Retiro a peça do tanque, e comprimo a dita cuja sobre a tábua com o rolo de macarrão, rolando o mesmo em todas as direções.
Despejo mais um pouco de água quente com um pouquinho de sabão líquido e repito o processo. Na medida que você vai comprimindo a peça, dá prá acompanhar direitinho a compactação das fibras e consequentemente a feltragem. Quando a peça já feltrou direitinho, enxaguo bem com água morna, espremo a peça novamente e modelo a peça de acordo com o que foi tecido.
A princípio parece trabalhoso, mas o resultado você vê em poucos minutos.

Dica 2:
Se você não faz idéia do tamanho que sua peça ficará após a feltragem, normalmente ela encolhe mais na altura que na largura numa proporção de 35 a 40% para a altura e 25% a 20% na largura.

Dica 3
: Para feltrar a máquina o processo é quase o mesmo, se sua máquina não possui ciclo de lavagem com água quente.
Deixe a peça de molho como descrito anteriormente e depois coloque a peça dentro de um saquinho para lavar lingerie na máquina. Nivele a máquuina para ciclo baixo de entrada de água. Jogue 2 baldes de água quente (cuidado com a temperatura da água pois sua máquina pode não gostar desta súbita mudança de temperatura e você poderá danificar seu eletrodoméstico). Na verdade se a temperatura estiver ao redor de 60 graus, você vai obter um resultado perfeito e bem rápido. Acerte o ciclo de lavagem para tecidos pesados, junte algumas calças jeans ou lençois velhos. Jamais use tecidos felpudos tipo toalhas de banho. Mesmo velhas elas soltam pó e isso pode danificar seu tricô.
A cada 15 minutos cheque o andamento do processo. Ao atingir o resultado desejado, enxague com água fria e dê uma centifugada leve (ciclo para roupas finas ou delicadas) por no máximo 5 minutos, para não vincar ou deformar a peça. Uma vez feltrada, a peça não 'desfeltra' e fica muito difícil acertar a modelagem. Se sua máquina possui ciclo de lavagem com água quente, é só monitorar o andamento da feltragem de acordo com o que já foi dito anteriormente.
Dica 4:
Quando por feltrar uma bolsa ou outra peça com bordas retas, faça um alinhavo bem frouxo com fio de algodão juntando levente os 2 lados para não deformar. Ao terminar a feltragem, corte o fio e retire qualquer fiapo do fio de algodão enquanto a peça estiver molhada.
Modele sua peça e deixe secar num local bem ventilado.

Enfim, tricô ou crochê feltrados são daquelas coisas para se experimentar ao menos uma vez na vida. Alguns se apaixonam, outros odeiam. Eu simplesmente amo de paixão, e você?


Meadas de amostras de fios da Fiolã
Flores feltradas

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Jingle Bells- Olha o Natal chegando aí gente!

Adoro Natal, mas odeio a correria desenfreada para comprar presentes. Então este ano prometi a mim mesma não padecer com a Síndrome de Papai Noel (um mau humor do cão, paciência zero por causa do barulho e empurra-empurra) antecipando o máximo possível as compras e providenciando tudo o que preciso até o final de novembro.
Como nem tudo na vida gira em torno do tricô, este anos vou inovar com presentes super originais e ainda por cima exclusivos.
Uma querida amiga arteira de primeira linha nas artes da feltragem está vendendo pequenas obras de arte, pela internet e também em seu ateliê em Monte Verde - MG. Tania Stahl com suas mãos habilidosas, fibras de lã de primeira linha e um incrível padrão estético, cria coisas absolutamente divinas em feltragem molhada e feltragem com agulhas.
Só está difícil escolher o que vou comprar, pois cada peça é mais linda que a outra e ainda por cima única!
Meu coração balança por estes alfinetes para xale (shawl pin) simplesmente divinos e também pelas estolas em seda pura. Um luxo....


Além dos alfinetes e estolas, Tania cria pequenas obras de arte materializadas em vasos para flores, cachepôs, imãs para geladeira, chaveiros, fivelas para cabelo, bijouterias sofisticadas, e bolsas. Ainda bem que Tania aceita encomendas pois tenho certeza que ao receber um destes mimos, as presenteadas vai querer mais....
Também vou presentear com meus tricôs é lógico. Meu marido já me encomendou uma lista de coisinhas para as colégas do trabalho. Minha mãe sutilmente me pediu um xale que já está pronto esperando apenas para ser blocado e até gato Kim vai ganhar um cobertozinho novo .
Enfim, Natal para mim é isso, uma data para se confraternizar de fato com aqueles a quem queremos bem.



terça-feira, 4 de novembro de 2008

O tempo não pára e nem o tricô

(Este é Kim meu fiel escudeiro e gato muito amado, companheiro em todas as horas)

Quando criei este blog a mais de um ano atrás, não tinha a menor idéia qual seria a repercussão das minhas postagens e muito menos imaginava o quão trabalhoso seria manter um blog atualizado, com temas relevantes e de interesse para quem gentilmente visita este espaço.
De repente, nas últimas semanas simplesmente perdi o rumo e o ânimo de escrever. Ainda por cima fui acometida por alguns problemas de saude que minaram minhas energias. Coisa triste é de repente se ver quase imóvel numa cama.
Hoje acordei sentindo menos dores e resolvi arricar algumas tecladas, afinal, o blog não fechou e sou dura na queda....
Na minha última postagem estava falando sobre agulhas, mais precisamente kits de agulhas. Com a alta do dólar alguns destes objetos do desejo de muitas tricoteiras-arteiras se tornaram ainda mais distantes da nossa realidade, mesmo sabendo que uma boa agulha pode ajudar e muito o bom andamento de nossas artes.
Fui gentilmente avisada pela Maria Inês que o valor informado para o kit de agulhas Tulip vendido na Tricolândia era muito maior do que o praticado pela Telanipo (mais precisamente R$ 239,00 por meia dúzia de agulhas). Absurdos e discrepâncias à parte, fico a me perguntar quantas pessoas podem realmente dispor de quase metade de um salário mínimo ou mais para comprar agulhas de tricô? E a resposta é simples: uma minoria. Mas será que pelo fato de não se poder comprar estes mimos vamos ter que abrir mão de nossas artes? Claro que não.
Minhas agulhas favoritas são de metal e tenho algumas Prym-Inox alemãs que acho simplesmente imbatíveis e que eram as agulhas usadas pela mestra Elisabeth Zimmermann.
Mesmo dispondo do kit Boye ,tenho agulhas de bambú compradas no ebay que também quebram um bom galho, principalmente nos trabalhos com fios mais grossos. Além dessas agulhas, tenho ainda uma pequena coleção das agulhas circulares vendidas pela a Aslan e umas antigonas da Plastifama que vira e mexe são usadas como prentedoras de pontos.... Como não uso agulhas retas, as poucas que me restaram estão guardadas e logo serão doadas.
Atualmente meu objeto do desejo são as agulhas Prym Inox Express. Com preços bem mais acessíveis que as famosas Addi e com qualidade similar, também são em metal niquelado e com o fio de ligação bem flexível e juntas perfeitas.. Para quem se interessar elas podem ser adquiridas online em várias lojas nos USA e também na Europa. Mesmo com o dólar em alta, o custo benefício, para quem realmente quer qualidade a um preço pagável vale a pena fazer um pequeno investimento.

No mais, continuo minha busca por fios diferentes para novos projetos. Na verdade já encontrei uma alternativa muito interessante para o famoso barbante e minhas agulhas já estão tilintando no desenvolvimento de uma receita de bolsa. Os fios da H Marin prometem fazer história por sua qualidade e por seu apelo ecológico.
E para não dizer que a inpriação anda em baixa, tem receita nova no arquivo das receitas de Milady. Fire Frisson é um casaqueto top down tecido com um fio (algodão e viscose) perfeito para o nosso clima. Uma receita básica que você tecer bem rapidinho. Aproveite a idéia e use outros pontos na base do casaco. Você vai se surpreender com o resultado.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Suas agulhas, minhas agulhas, nossas agulhas

( Foto cortesia de Ana Rosa Accenato com uma bela ambientação criada por sua mãe Jane)

De quando em quando o assunto "qual é a melhor agulha de tricô?" é retomado nos grupos de discussão sobre tricô dos quais participo. E também de quando em quando surge a pergunta: é melhor tecer com agulha reta ou circular?
Não vou me ater às agulhas retas pois lá no comecinho deste blog fiz algumas postagens falando a respeito de agulhas de um modo geral.
Costumo sempre dizer que agulha boa é aquela que permite você tecer suas artes sem enrosco e sem brigas com o fio. Agulhas boas são aquelas que cabem no seu orçamento e lhe dão prazer em tecer.
Mais importante que a marca x, y ou z é o conforto para quem tricota. Portanto se você se sente feliz e satisfeita com seus acessórios tricotísiticos, prá que mudar? Só não dá é pra tricotar com agulhas com pontas quebradas ou desgastadas. Então se suas agulhas estão meia-boca e você precisa dar uma melhorada no seu arsenal, antes de sacar o cartão de crédito, dá uma lida na postagem a seguir.
Agulhas plásticas são ótimas para quem está começando, principalmente aquelas com numeração acima de 6,0. Quem começa a tricotar quer ver resultados, padece da ansiedade natural que cerca todo mortal que aprende algo novo. São baratas e podem ser encontradas em qualquer bazar ou loja de armarinhos.
Agulhas de madeira ou bambu são uma ótima opção para quem já tem domínio da ferramenta básica do tricô, costumam ser leves e silenciosas (não fazem aquele barulhinho gostoso tic, tic...) porém se não forem de boa qualidade e com as pontas em ordem, dão muita dor de cabeça e empacam sua arte.
Agulhas metálicas requerem domínio na condução do fio e firmeza na hora de tecer os pontos (firmeza não siginifica tricotar apertado). O fio literalmente desliza na superficie sem encontrar nenhum tipo de barreira física a boa condução da sua trama.
E aí começa a dúvida na hora de comprar, se este for o seu desejo incontrolável.
Hoje o que não faltam são informações acerca deste ou daquele produto. E a maior agitação fica por conta dos kits de agulhas circulares (que também podem ser usadas como agulhas retas flexíveis).
Práticos e compactos, os kits de agulhas intercambiáveis são uma mão-na-roda para quem quer tudo a mão. Porém somente um tipo de kit (até o momento) é encontrato a venda por aqui.
E assim mesmo em pouco lugares.
Este kit é o kit de bambu da Tulip que compreende agulhas que vão de 3,75 a 6,0mm e 4 cabos de 40cm a 1,00m.. O sistema de ligação dos cabos às agulhas é por simples rosqueamento. Não sei informar se são encontrados em outras localidades além de São Paulo, mas por aqui podem ser adquiridos na loja Telanipo e na Tricolândia, a um preço médio ao redor de R$ 160,00. Essas lojas vendem por telefone e entregam para todo o Brasil.
A partir de novembro também será possível comprar aqui no Brasil o kit de agulhas Addi de origem alemã. Porém por enquanto somente o Empório das Lãs está oferecendo o produto a sua seleta clientela. O preço deve ser acima de R$ 300,00. As vendas são por telefone e a loja está aceitando reserva para aquisição do kit. As agulhas são metálicas (alumínio niquelado), com pontas médias e cabos bastante flexíveis em nylon. O sistema de engate nas agulhas é por rosqueamento simples e a numeração das agulhas varia do 3,5 ao 10mm com cabos de 40cm a 1,0m.
Esse novo kit virou a cabeça de muitas arteiras e promete ser a nova sensação no mundo tricotísitco 'high level' e não dispensa uma grife.
As outras opções em termos de kits são o kit Denise (plástico), o Boye Needle Master ( alumínio anodizado e o primeiro kit a ser lançado no mercado a mais de 40 anos) e o Knit Picks de metal (alumínio niquelado) ou madeira.
Infelizmente nenhum destes kit são vendidos aqui no Brasil, mas podem ser adquiridos pela internet no exterior.
Para quem se interessa pelo kit Denise (o xodó das tricoteiras americanas), é bom saber que as agulhas são plásticas e a corda de ligamento é um tubinho relativamente flexível. O sistema de engastamento agulha- cabo é feito por uma espécie de mini engate. A numeração das agulhas segue o padrão americano e vai do 5,0 ao 15 (o que equivale no sistema métrico à agulhas de 4,0 a 10mm). Os comprimentos dos cabos variam de 40 a 80cm sendo possível emendar os fios para obter comprimentos maiores. Com a útilização de terminais que acompanham o kit é possível transformar as agulhas circulares em agulhas retas flexíveis (com comprimentos diferentes). A junção das agulhas com os cabos é lisa e não costuma enroscar em fios mais delicados. Uma excelente opção para quem viaja de avião e não que abandonar seu tricô nem por um segundo. O preço varia de 49 a 54 dólares (o modelo rosa) e pode ser encontrado em muitas lojas online espalhadas pelos USA, Canadá e alguns países europeus. Eu recomendo a compra na loja virtual Alice in Stiches por cobrar um frete absoltamente honesto. Um outro local interessante para a compra é a Spin Blessing que também vende o kit Boye Needle Master e muitas outras tentações....cobrando um valor de frete aceitavel.
O kit Boye Neddle Master é o pioneiro e mais antigo kit no mercado. Suas agulhas são em alumínio anodizado. As pontas são médias, o fio é em nylon pouco flexível. O sistema de engastamento é por rosqueamento a chave (uma chavinha especial que acompanha o kit) . As agulhas não são muito leves porém muito bem acabadas. Quando o rosqueamento do fio à agulha é feito direitinho não há o perigo do fio se soltar enquanto você tece. A numeração das agulhas segue o padrão americano e vai do 2,0 ao 15 (o que equivale no sistema métrico à agulhas de 2,75 a 10mm). Os comprimentos dos cabos varia de 40 a 60cm sendo possível emendar os fios para obter comprimentos maiores. Com a útilização de terminais que acompanham o kit é possível transformar as agulhas circulares em agulhas retas flexíveis (com comprimentos diferentes). O melhor lugar para comprar este kit é no Ebay (tipo de Mercado Livre). Muitas lojas virtuais enviam para o Brasil. Mas é sempre bom ficar atento ao valor cobrado pelo frete. O preço também pode variar bastante começando a 35 dolares e podendo chegar a mais de 70 dolares pelo mesmo produto.

Por último vale lembrar do kit da Knit Picks que é em aluminio niquelado, com pontas finas, sistema de engate por rosqueamento com chave (igual ao Needle Master). Cordas de nylon muito flexíveis e extremanete bem acabadas. Infelizmente a loja da Knitpicks não vende para o Brasil, mas algumas lojas na Europa e Austrália enviam para cá. Aliás essas agulhas parecem ser o xodó das europeias e australianas, depois das agulhas Addi e Inox-Prym. O preço médio é ao redor de 60 dolares. A numeração das agulhas segue o padrão americano e vai do 4,0 ao 11 (o que equivale no sistema métrico à agulhas de 3 a 8mm). O comprimento dos cabos variam de 40 a 80 cm sendo possível emendar os fios para obter comprimentos maiores. Com a útilização de terminais que acompanham o kit é possível transformar as agulhas circulares em agulhas retas flexíveis (com comprimentos iguais, pis o kit vem com 2 cabos de cada comprimento). Existe ainda da mesma Knit Pick a opção em madeira, muito lindas.

Ainda pretendo voltar a este assunto agulhas mais uma vez, mas por hora acredito que com todas as informações que aparececeram por aqui, voces sem dúvida vão contar agulhas à noite ao invés de carneirinhos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Fui ao baile, levei o tricô e não dei a receita

No ano passado, fiz uma postagem mostrando uma estola que usei para ir a uma festa e receita que é bom nada. Não é que agora, estou realmente tomando jeito e anotando as minhas alquimias tricotísitcas. Para quem na época se interessou e achou que eu era uma baita egoista em não passar a receita, ela está a disposição lá na filial e também no arquivo das Receitas de Milady.


E já que o tempo está altamente convidativo para os últimos fios de inverno (e até a baixa de preço em alguns sites e lojas como o Bazar Horizonte e Ambar Armarinho), que tal aproveitar o próximo fim de semana para tecer a minha nova paixão (de todos os projetos que fiz nos últimos tempos este realmente um dos que mais me encantaram).

Foto de Carlos Bessa

Sei que muita gente torce o nariz para fios mesclados e com pouca torção, mas podem acreditar, este mesclado é simplesmente o máximo da sutileza. E caiu como uma luva para a técnica de carreiras encurtadas. Para não se enroscar na falta de torção do fio o segredo é usar uma agulha com a ponta média e completamente em ordem.
E mais um detalhe, as flores são removíveis. Dá até prá usar como um broche em outras produções.
Para quem acha que ela é engordativa, a modelagem godê é só na frente e laterais. A parte de trás é reta.
Espero que aprovem a receita e se por ventura encontrarem alguma besteira que escrevei, por favor me corrijam. Em matéria de digitação, fui reprovada com louvor no curso de datilografia. (aí como odiava aquele ASDFG).
Depois eu conto mais.




terça-feira, 16 de setembro de 2008

Blog abandonado, agulhas a mil e paciência zero!

Peço um milhão de desculpas pela falta total e absoluta de postagens há mais de um mês. A todos que gentilmente me visitam só me resta agradecer a boa vontade em continuar me visitando sem encontrar nada de novo.
Para ser sincera pensei até em fechar o blog depois que fui 'invadida' por um monte de comentários impublicáveis e também por uma 'varredura' do blogger em busca de conteúdo inadequado.
Algum espírito de porco 'achou' que meu blog era 'nocivo' e fui denunciada. A varredura durou horas. Mas felizmente meu blog é blog de familia, não publico nada que não seja sobre tricô, nem mesmo receita alheia sem a previa autorização, a coisa parou por aí.
Só não são de familia aquelas pessoas que se dignam a invadir o espaço alheio para escrever m..... Querem saber, quem se digna a isso não merece que eu perca meu tempo nem gaste o meu latim...
Então vamos ao que interessa: muito tricô.
Minhas agulhas andam a mil com os novos projetos para a filial do blog. Além das novas receitas, e postagens, há sempre muito o que tecer, pesquisar e aprender.
Com esse inverno meia-boca que tivemos (sei não, desde ontem o frio está comendo solto aqui em Sampa) já comecei minha caçada em busca de novidades em matéria de fios para a próxima estação.
E foi numa dessas minhas caçadas, que me deparei com um fio surpreendente macio, com cores vivas e a preço pagável. Na verdade já desconfiava que este fio fosse bom pois a composição é perfeita para o nosso clima (algodão e viscose) e também que ele fosse exportado para vários países. Dito e feito. O fio Frisson da Circulo é exatamente o mesmo fio Luna vendido na Elann do Canadá. A diferença fica apenas por conta de uma pequena diferença na composição. Enquanto o Frisson tem 55% algodão e 45% viscose, o Luna tem a proporção inversa.
Já estou tecendo a segunda peça com ele e a cada ponto me encanto mais. Estava em busca de um fio na cor cru que não fosse 100% algodão ou 100% acrilico para criar um projeto em ponto rendado.
Como as lojas ainda não receberam as novas coleções de fios para o verão (a desculpa é sempre a mesma: ninguém quer saber de fazer tricô no verão, quando muito crochê e com fio comum e comercial), sai a caça do meu fio lá pelos lados da 25 de Março. Olhei daqui e de lá e nada, quando de repente entrei no Armarinho Ambar e vi num canto o dito cujo fio procurado.
Comprei 3 novelos num tom de vermelho fogo chocante (adoro vermelho) para experimentar. Na verdade o que queria mesmo era o cru e aí conversando com ao sr. Vitório (gerente da loja) perguntei a ele se seria possível encomendar o dito cujo na cor que estava precisando. Resultado: menos de uma semana depois, recebi um telefonema avisando que o fio já estava a minha disposição.
Parece impossível ser bem atendido num lugar como a 25 de Março, mas sem dúvida alguma tive um atendimento impecável e prestativo. E quem não gosta disso, não é mesmo?
Resultado: o bom comerciante sabe fidelizar seu cliente com bom atendimento independentemente do local onde a loja está. Valeu sr. Vitório, o projeto está ficando maravilhoso e logo logo vai aparecer lá na filial.
E para quem está morto de curiosidade para saber como fica o tal fio após tecido: olha um detalhe dele aqui:
(Fio Frisson, côr 3611, ags. 3,5, 4,0 e 4,5)

O modelo é um casaquinho top down (raglan tecido de cima para baixo) que logo logo estará no ar.
No mais outros projetos nas agulhas, mil idéias na cabeça, e a certeza de que tricotar faz bem para o espírito e para os olhos.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Xie xie Beijing! Zhu ni hao yun Brasil!

Teoricamente tricô e Olimpíada não têm muito em comum. Mas só teóricamente.
Quem costuma navegar por páginas internacionais que falam sobre tricô e outras artes com agulhas já deve ter ouvido falar numa Comunidade chamada Ravelry (Ravelry a knit and crochet community). Um tipo de Orkut voltado para as artes tricotísitcas e crochetísiticas. Para participar é necessário se cadastrar e aguardar o convite ( e a lista de espera é enorme).
Mas o que isso tem a ver com tricô? Muito.
Essa comunidade lançou a idéia de se tecer uma peça durante o transcorrer dos Jogos Olímpicos. A grosso modo, o mesmo deve ser iniciado durante a Cerimônia de abertura dos Jogos e finalizado na Cerimônia de Encerramento. Um blog do Canadá também tem uma disputa parecida. Enfim são desafios muito interessantes a serem vencidos.
Enquanto por aqui estamos engatinhando com as agulhas (e em muitos esportes), lá fora existe incentivo às artes com 2 agulhas. Uma disputa super criativa.
Quem sabe um dia também não acontece uma mobilização dessas por aqui, né?!
Já imaginaram uma onda tricotística varrendo o Brasil de norte a sul, com patrocínio de fabricantes e distribuidores, visando arrecadar agasalhos para serem distribuídos aos menos favorecidos? Ainda bem que sonhar não custa nada...
Mas deixando de lado os devaneios de uma tricoteira-arteira sonhadora, aproveito essa postagem para desejar muito sucesso aos atletas brasileiros que começam hoje sua jornada em busca da superação de seus próprios limites no esporte e também na vida.
E se, por ventura não trouxerem medalhas e medalhas, não se sintam frustrados.
Sei que para muitos o 'ideal' dos jogos de que 'o importante é competir' parece idiota e fora de moda, mas na vida essa máxima deveria ser uma máxima a ser seguida. A competição com respeito nos leva a superações inimagináveis.
Como sou uma apaixonada por esportes daqui a pouco vou ficar ligadinha aguardando a cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de Beijin e aquecendo minhas agulhas para concluir meus próprios desafios.
E só prá lembrar, a China é azul!


Xie xie Beijin! Zhu ni hao yun Brasil!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Seu manequim: Divagações sobre medidas, receitas e modelos

Alguns blogs de tricô e outras manualidades são altamente inspiradores e o assunto de hoje surgiu exatamente após a minha visita a um blog muito simpático , cheio de idéias e coisas muito bem tecidas:
Falar sobre medidas, receitas e modelos que encontramos na net, em revistas e livros.Um assunto extenso e até certo ponto controversomas que vale a pena.
Para começar, responda sinceramente: Quando você lê uma receita em português (entendade-se como receitas em português aquelas receitas atuais (com no máximo 7 anos) publicadas em revistas e sites brasileiros) e vê o manequim estampado logo no início da receita, você sabe exatamente o que significa aquele número 38, 40 ou 42?
Você alguma vêz já se deu conta que o manequim 42 da receita que você está seguindo é diferente o manequim 42 de uma outra receita super parecida com a sua? E porque acontece isso? Simplesmente porque o número 42 ou 38 ou 46 é uma coisa totalmente abstrata para a maioria dos mortais e porque aqui no Brsil ainda estamos engatinhando em termos de normas e padrões de medidas para a indústria do vestuário.
Se você observar as receitas
americanas, européias ou japonesas, elas sempre vêm acompanhadas de referências númericas para os respectivos modelos ou apresentam um esquema gráfico contendo as medidas dos repectivos manequins. Sem falar que a maioria das receitas são desenvolvidas em vários tamanhos. Para você entender melhor qual é a idéia de medidas importantes para que sua obra tricotística lhe sirva direitinho veja quais são as medidas principais a serem levadas em conta:
Medidas primárias:
Contorno do Tórax/Busto
Contorno da cintura
Contorno do pescoço
Altura/comprimento

Algumas medidas secundárias:

Contorno do quadril (muito importante se vc. tem quadril largo)

Largura das costas (costado)

Comprimento do ombro

Contorno do braço

Comprimento do braço


Agora que você já sabe o que deve ser levado em consideração na hora de escolher seu modelo, aproveite e veja o restante das medidas para vários manequins numa tabela que preparei para quem gentilmente me visita.


Quando pensamos em receitas legais para as (os) réles seres mortais (entenda-se como rélis seres mortais mulheres e homens de carne e osso, muito longe dos padrões anoréxicos que desfilam pelas passarelas) aí então dá vontade de chorar, jogar as agulhas e fios pro alto e abandonar de vêz qualquer tentativa de tecer algo usável. Ora as receitas se limitam a paninhos, quadradinhos e costuradinhos, tudo rapidinho, sem medidas razoáveis e sem manequim, perfeitas para quem se identifica com uma garrafa pet, afinal todas são 'praticamente' iguais e do mesmo tamanho.Tamanho único é isso: o que serve no Zé, serve no Mané, ainda que Zé seja diferente de Mané.
Ou então você se depara com receitas aparentemente legais que infelizmente muitas vezes incorrem na famosa questão do manequim: só servem para as bonitinhas, jovenzinhas e com tudo (ou quase tudo) no lugar. Tenho um teoria a respeito desse tipo de receita, alías, de como nós tricoteiras-arteiras aqui no Brasil somos vistas: nós somos as vovós que tecem coisas engraçadinhas para as netas gatinhas....

Só pode ser isso, pois senão o bolerinho, a regatinha, o poncho todo peludo já teriam saído de cena a muito tempo. E é lógico, o modelito da novela já teria evoluído para algo usável por qualquer uma sem correr o risco de ficar parecendo que vestiu a capa de botijão de gás.
Se você anda em busca de modelos legais (alguns nem tanto, mas gosto é gosto) sugiro visitarem algumas páginas bem interessantes lá de fora, tais como:
Garnstudio, Adrialfil, Straw, Berroco, Vogue, Interweave Knits, Abracadafil, Prima, Knitty, só para dar alguns exemplos.
É tanta informação, tanta inspiração 'di grátis' que você vai precisar virar a mulher-polvo para tecer tudo o que lhe apetecer. Mas não custa lembrar um detalhe super importante antes de começar a se alvoroçar toda com as inúmeras receitas: tem que tecer a famosa amostra de pontos para adequar o modelo e manequim aos fios que dispomos por aqui (a menos que você possa adquirir exatamente o fio que aparece na receita, ainda assim terá que testar se a tensão do seu ponto se iguala à tensão que é dada na receita). Amostra???!!!

O pai dos blogs de tricô
descreve com maestria o quanto essa pecinha chamada amostra é indispensável para sua obra se tornar realmente um primor. Sei que você deve estar me xingando por sugerir apenas páginas em outras línguas: Xinga não! Com um glossário à mão, um pouquinho de boa vontade e um desejo tecer algo diferente do que se encontra por aqui, tenho certeza que você consegue. Afinal tricô também é cultura. Bom tricô!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Batalha fotográfica, receitas e pesquisa

Definitivamente desisto de fotografar meus trabalhos, pela mais absoluta falta de jeito com a câmara digital. Aquela imagenzinha dançando na telinha me lembra sempre as fotos falantes dos filmes do Harry Potter. Tenho a impressão que a imagem vai pular em cima de mim a qualquer momento. Desolador. E a coisa ainda piora quando não se tem como vestir o modelito. Ai que frustração...

Já disse várias vezes que sou da época da máquina de escrever manual e depois elétrica e eletrônica, foto em máquina manual, relógio quando muito automático, radio transistorizado e tv modelo caixotão. Aprendi a escrever com caneta tinteiro, hábito que ainda cultivo em ocasiões especiais e simplesmente desprezo forno de microondas. Meu celular é um mini tijolo pré histórico e só serve prá fazer e receber chamadas e mais umas coisinhas básicas.
Não sou contra a evolução ou a tecnologia, apenas não me identifico com tanta coisa instantânea. Sei lá, quem sabe um dia eu aprenda a gostar destes brinquedinhos cheios de botões coloridos.

Mas, como nem tudo é desacerto e frustração, terminei por estes dias um casacão super aconchegante e macio. Uma encomenda de uma mãe querida para presentear a filhota. Como a presenteada tem corpão jovem e cheio de curvas, nada de pontos trabalhados ou nada muito estruturado ou muito certinho.
O charme do casaco ficou por conta da cor (um mescladão com cores difusas e pouco contrastantes) e o fio (flamê de algodão) diferentes. Resultado, a foto pode estar um lixo, mas o casaco ficou muito legal. Tomara a modelo me mande uma foto digna para publicar aqui...

Como estou tomando vergonha na cara e aprendendo a anotar as receitas daquilo que teço, esta receita também está a disposição de quem quiser se aventurar, lá no links das Receitas de Milady. Copie a vontade, mas não se esqueceça dos crédito da criação. Esse é um carinho que toda tricoteira-arteira adora receber.
E como o dia hoje tá de alta produção (graças a Deus), tem pesquisa nova no ar.
Bom tricô!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Mega Artesanal 2008 - Visita vapt-vupt

No início do mês de julho aconteceu aqui em São Paulo uma das maiores feiras voltada para o artesanato em geral.
Sou sincera em dizer que minha visita à feira foi única e exlusivamente para ver as novidades e lançamentos de fios e artigos para tricô .
Esta edição da feira não contou praticamente com nenhum expositor de fios. Marcaram presença apenas a Circulo, Linea Itália e Pura Fibra. Acessórios para tricô simplesmente não apareceram.
Estranhamente Pingouin, Coats Corrente, Aslan e Portfio (Qualifios) não estiveram presentes.
Em termos de novidades nada que já não esteja nas lojas com exceção do de um fio da Linea Italia com um tingimento em padrão de oncinha.

(Foto cortesia de Fernanda Santis)

No stand da Circulo me chamaram atenção algumas cores dos fios Natural que nunca vi nas lojas e os fios que já compõem a linha Fashion Twist. Mais precisamente o fio Isabele me conquistou pela aparência e composição.
(Foto cortesia de Fernanda Santis)

Lançamentos para o verão só mesmo da Pura Fibra.


De resto, nada de novo.
Espaço de exposição grande, mal sinalizado, estacionamento pela hora da morte e quantidade de sanitários simplesmente desprezível.
Deixo aqui um alô para os organizadores da feira: Banheiros, please! O grande público feminino agradece.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Update para mais boina e cachecol e chamada geral solidária urgente!

Se você gostou das receitas, aqui tem mais inspiração.


Mas deixando a vaidade um pouquinho de lado, que tal se juntar à cruzada do bem lançada no site das meninas Clara, Valesca e Silvia.
O projeto 'Pé Quente' é mais uma atitude de amor e carinho aos menos afortunados.
Veja o que suas agulhas e fios são capazes de proporcionar:

"Gostaríamos de convidar você a se juntar a nós no Projeto Pé Quente e encarar conosco o desafio de tricotar 100 sapatinhos - no mínimo!

Os sapatinhos serão doados para os internos do Lar, portanto precisam ser de vários tamanhos, para homens e mulheres. Se você não sabe fazer sapatinhos de tricô, é só dar uma olhadinha em nossas receitas e começar a tricotar. Se você já tem uma receita, fique à vontade para executá-la.

Os sapatinhos devem ser enviador até o dia 8 de agosto para o endereço:

Projeto Pé Quente
Rua Mário Scarvance, 82/86
Vargem Grande Paulista - SP
CEP 06730-970
Caixa Postal 264"

Abracem esta idéia, participem! Aquecer suas agulhas e tecer com desprendimento para quem nunca vimos é um ótimo jeito de demonstrar o quanto o tricô faz bem para o espírito e que você é uma tricoteira-arteira da melhor qualidade.
Bom tricô!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Atendendo a pedidos: mais boina e mais cachecol

Ando meio desconfiada de que os cachecóis e as boinas ainda vão aparecer um bocado desfilando nas cabecinhas e pescocinhos das mais friorentas durante este nosso breve e estranho inverno.
Então enquanto as temperaturas nos convidam a tricotar, que tal mais 2 peças para o seu arsenal de coisas aconchegantes?


As receitas estão no arquivo Receitas de Milady. Ao baixar a receita, quem sabe você encontre um bom motivo para me deixar um alô, afinal só assim vou saber do que você gosta.
Bom tricô!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Um chapéu básico e democrático

O fio é você quem escolhe.
A receita tá na mão e também nas receitas de Milady.
Bom tricô!


Chapéu em tricô com aba em crochê

Tamanho P (56 a 58cm de circunferência da cabeça)

Pontos empregados:

Ponto 1com a ag. 2.0: barra 1 x 1

Ponto 2 com a ag. 3.5: ponto meia

Ponto de crochê: ponto baixo e meio ponto

Execução:

Montar, 98 p e trabalhar 14 cm. No ponto 1.

Na volta seguinte fazer sempre 2Pj em M e fazer 2cm no ponto 2.

Na volta seguinte novamente 2Pj em meia e fazer 2cm no ponto 2. Passar um fio pelos pontos restantes e puxar.

ABA:

Em cada ponto da borda inferior fazer 1 pt. baixo

Trabalhar 9 voltas aumentando na 2a.colta 8 P, na 3a. Volta 12 P, na 5a. Volta 8p, na 8a. Volta 12 P (138P)

Por ultimo fazer uma carreira de MP (meio ponto)



domingo, 22 de junho de 2008

Milady e seus chapéu, boinas e afins

Já que o frio parece ter vindo para ficar entre nós por algumas semanas ou quem sabe até um pouco mais (ai que delícia!) é hora de aproveitar para desfilar por aí um acessório que acho simplesmente o máximo da elegância: o chapéu!
Não estou falando de gorro não, estou falando de c h a p é u! E também boinas.
Desde que me entendo por gente sempre fui fã de chapéus. Meus preferidos são os com abas estruturadas, não muito grandes pois meu rosto é pequeno. E boinas, muitas boinas: feltradas, não feltradas, não importa. Gorro só uso se não tiver nada mais feminino ou elegante por perto. Me sinto meio fora do meu tempo usando gorros....
Uma das coisas que simplesmente adoro é visitar chapelarias quando viajo à Inglaterra. Nem vou falar de lojas chiquérrimas da Oxford Street pois meu bolso brasileiro não me permite tamanha ousadia. Mas na cidade de Oxford, mais precisamente no Oxford Covered Market descobri uma chapelaria minúscula com todo tipo de chapéu, desde os mais peruescos e emplumados até os mais up to date usáveis em qualquer ocasião.
Uma verdadeira delícia experimentar todos, dar muitas risadas fazendo caras e bocas e lógico comprar algo compatível com o rosto e com o bolso...
Aqui no Brasil usar chapéus parece algo meu estranho para os padrões da moda. A exceção de uma ou outra senhora que os usam no verão, é raro ver alguém desfilando este acessório por aí. Chapéu por aqui é coisa prá usar em casamento ou na praia ...
O que se vê mesmo por aqui são os horrendos bonés ou gorros de qualidade discutível e de gosto totalmente duvidoso comprados nas bancas dos camelôs.
Então vamos combinar: Se você tem mais de 20 anos, por favor esqueça os bonés ou gorros tipo rapper ou funkeiro.
Se o frio está de congelar o cérebro, use uma echarpe para proteger os cabelos e ao mesmo tempo emoldurar o rosto.
Afinal, não me lembro jamais ter visto Grace Kelly ou Jacqueline Kennedy usando bonés ou gorro com bordado com o símbolo do 'hang loose'.
Para quem curte a moda dos chapéus que apareceu com tudo nesta estação nas vitrines fashion do Brasil, em São Paulo existe uma rua no centro velho (Rua do Seminário) onde se pode comprar chapéus masculinos e femininos de boa qualidade e a preços pagáveis.
Na rua das Noivas ou melhor, Rua São Caetano, além dos modelos tradicionais para festas é possível se encontrar peças para o dia a dia, em feltro e outros materiais, próprios para o inverno.
Mas deixando de lado os chapéus 'industrializados', que tal inovar neste inverno e se aventurar a tecer e usar um chapéu ou boina feltrados.
Se você gostou da idéia, as receitas estão nos arquivos das Receitas de Milady.
E dentro de alguns dias voces encontrarão mais algumas receitinhas nas páginas do Blog de Milady da revista Manequim