Atendendo a pedidos: amostras tecidas com fios Rio de La Plata

Coisa prazerosa é tecer com um fio diferente daqueles que estamos acostumados.
Fios 100% lã merino, que não pinicam e que são macios por natureza. Os fios Rio de La Plata são tudo isso e mais um pouco. Seu aspecto rústico advem do processo quase artesanal ou artesal de produção. A produção é pequena, mas em breve acredito estarão com tudo aqui no Brasil.
Esta amostra foi tecida com agulha 6,0 e a cor maravilhosa é um vermelho alaranjado. O ponto meia básico destaca a trama irregular do fio.
A amostra acima foi tecida com o fio Handspun e agulha 6,0. O básico ponto meia mostra o fio na sua essência: rústico, irregular e extremamente macio. A cor vibrante é um vermelho alaranjado que aquece qualquer dia cinzento.

Esta amostra foi tecida com o fio DK 3 ply, agulha 6,0 e um básico cordão de tricô. A agulha perfeita para o fio é a 4,5 a 5,0, mas como teci um cachecol masculino queria que ficasse menos compacto. A côr é um misto de cinza grafite com verde musgo. Difícil de descrever.

Ainda não testei os fios para meia (sockyarn superwash) que também serve para tecer roupinhas de bebê já que pode ser lavado à máquina no ciclo de lavagem para tecidos delicados ,e nem o lace (fio para tecer renda em tricô), mas se forem tão lindos e gostosos como o handspun e o Dk 3 ply, vou me deliciar.

Tem pesquisa nova no blog - O fio que não sai da meada, o nó que enrosca o novelo.

Para quem se irrita como eu ao se deparar com nós, arrepiados, desfiados, desbotados e outros que tais num novelo ou meada de fio, esta é um oportunidade de expressar a sua reação diante de uma chatisse dessas.
Vamos lá, participem da nova enquete.

Comentários, sugestões e críticas.

Desde que criei este espaço para falar sobre tricô recebo mais e mais visitas vindas de todos os lugares do Brasil e até algumas do exterior. As Tramas de Milady não é um blog apenas de receitas, é um espaço cuidadosamente escrito com o intuito de acrescentar um pouco de informação a quem muitas vezes desconhece assuntos ligados ao tricô, algumas dicas e umas poucas receitas. Mais recentemente acrescentei alguns arquivos muito bons como o Dicionário Provisório de Tricô (gentilmente compilado por Stella Machado, uma tradutora-tricoteira-arteira de primeira grandeza) e o arquivo com Símbolos Gráficos para Tricô.
As Receitas de Milady são pequenas , simples e sem grandes técnicas. Todas foram criadas por mim há algum tempo e postadas no blog como uma pequena contribuição à pessoas que gostam das artes sobre duas agulhas.
Sei que muita gente visita este espaço em busca de receitas, idéias e até de uma leitura sobre um assunto tão pouco explorado na mídia impressa.
Mas para minha frustração nunca recebi uma nota ou comentário sequer sobre As Receitas de Milady.
Não tenho a menor idéia se as receitas são boas ou compreensíveis. Se as peças eventualmente tecidas a partir delas são usáveis ou não.
Sei que muita gente não gosta de escrever, por timidez ou mesmo por vergonha de não saber se expressar. Mas deixando as vergonhas e os vernáculos fora da questão, tenho comigo às vezes a sensação de que, quem me visita não quer doar sequer um minuto do seu precioso tempo me deixando uma notinha de agradecimento ou um simples olá.
Sei que existem centenas de blogs de tricô na internet, alguns deles, milhares de vezes melhores do que o meu, mas ainda assim recebo muitas visitas. Então pessoal, que tal deixar uma palavrinha de incentivo a esta que vos escreve.... A platéia sensibilizada irá agradecer muito e quem sabe até postar mais um monte de receitas legais, dicas e sugestões.

Última chamada para o Tricô Solidário 2008

Com o frio de aproximando devagarinho, muita gente já começou a aquecer as agulhas.
Que tal aproveitar esse aquecimento naturalde agulhas' nesta época do ano e tecer alguns quadradinhos em tricô para a Campanha do Tricô Solidário 2008.
Ainda dá tempo para demonstrar o seu carinho aos menos favorecidos. E se você não tece, mande suas sobras de lãs. Certamente alguma mão habilidosa irá transformar suas bolinhas de fios esquecidas no fundo de uma sacola em algo útil e belo.
Aos olhos de quem recebe uma manta quentinha, toda colorida, tecida ponto por ponto por alguém se dispôs a doar seu tempo e alguns Reais, o sentimento é o mesmo: a lembrança de que o amor ao próximo existe e está lá fora das paredes de um asilo, só esperando para entrar e aquecer o corpo e o espírito dos menos favorecidos.
Então pessoal, nada de apego aos novelinhos, bolinhas e fiapinho de fio esquecidos em dezenas de saquinhos de supermercado que estão entulhando seu armário. Passe seu estoque de fios a limpo. Crie espaço para os novos fios que quer comprar, se desapegando daqueles que já não lhe apetecem mais.
Ser solidário custa menos do que você gasta 'naquela' Mega lanchonete e definitivamente faz muito bem ao corpo (você economiza o consumo de calorias dispensáveis) e bem prá alma (é só fechar os olhos e por alguns instantes e imaginar o sorriso estampado no rosto daquela vovó).

Tricô na mídia: fato consumado

Como é gostoso participar de matérias inteligentes que falam do tricô de uma forma alegre e que apresenta a arte sobre duas agulhas como uma atitude social altamente positiva, algo moderno e prazeroso. Reunir amigos para tricotar, compartilhar idéias e ser feliz ainda que por algumas horas, é uma terapia para a alma.
Não me canso de olhar as fotos dos encontros com as amigas tricoteiras-arteiras e me emocionar. Uma emoção especial, muito além da 'fama efêmera' de uma ou outra reportagem.
Desde a primeira matéria sobre os encontros do Grupo Montricot, recebo mensagens e telefonemas de pessoas 'encantadas' com a idéia de reuniões públicas para tricotar. Gente que resgatou agulhas e fios a muito abandonados, porque tricotar era apenas coisa de gente sem que fazer na vida, gente idosa e coisa de segunda linha...
Hoje tricotar em público se tornou algo até mesmo terapeutico (É uma delícia tricotar no ônibus ou no engarrafamento do trânsito para não se irritar com algo irremediável).
Sei que não somos as únicas a promoverem encontros como estes e espero que esta idéia se multiplique por todos os cantos do Brasil. Não porque o tricô está na moda e na mídia, mas porque as pessoas precisam de gente. E gente que faz tricô é tudo de bom...

O Carma de Milady: Aqueles novelos com muitos nós.

Deve ser carma ou mesmo praga de alguém encontrar nós no início, meio e fim de um mesmo novelo ou de vários...
Além da frustração de ver sua obra de arte cheia de fiapos pendurados no avesso (estou tecendo um casaco e não fazendo um tapete de amarradinhos), você se sente impotente quando tenta reclamar a falta de controle de qualidade.
Reclamar no site do fabricante é uma piada, pois não se consegue anexar imagens para comprovar a sua queixa.
Aí só resta o telefone. E toca a ligar uma, duas, três , cinco vezes até que uma alma generosa resolva atendê-la depois que você já ficou 27 minutos ligando, esperando alguém se manifestar do outro lado, pois o telefone é atendido, se pode ouvir sons de vozes ao fundo , mas nenhuma viva alma se manifesta, nem que seja para falar o horrendo 'um minutinho por favor'.
Hoje a minha bronca muito irritada vai diretamente para a Coats Corrente.
Depois de várias tentativas de falar com o SAC finalmente uma voz se fez presente. Uma pessoa de nome Kelly atendente de carteirinha, ouve sua reclamação e você explica pela primeira vez que comprou 5 novelos do fio Glory (importado da Turquia) e que está desenvolvendo um projeto com dia e hora para ser concluído. O projeto está pronto..... Dos 5 novelos foram usados pouco mais de 3 novelos.
Você informa o nome do fio pela segunda vez, repete o número do lote e cor, e.....
"Nosso procedimento é que a senhora tem que nos mandar os novelos para mandarmos para a fábrica, onde estaremos vendo o que aconteceu."
Aí você torna a explicar que o trabalho está pronto, que não dava prá parar de tecer todas as vezes que surgiram nós nos novelos.
"A senhora precisa nos encaminhar os novelos para nós estarmos verificando a sua reclamação"
Nova explicação, repeteco da explicação anterior.... E o sangue fervendo de raiva.....
Depois de muita discussão, finalmente o veredito: "nós vamos mandar retirar os novelos e os rótulos e dentro de 10 a 15 dias seu material será rescarcido se for o caso, pois não temos esta cor em estoque. Se a senhora quiser, podemos lhe mandar outra cor....."
Só mais um detalhe: se a cor não está disponível no estoque e se na presente data (09 de maio de 2008) estamos com os auditores fiscais em greve a mais de 45 dias, quando é que a terei os fios a minha disposição?

Hello Coats Corrente!

Um lembrete para o bom relacionamento com o consumidor:

• Dinheiro não brota em pé (o que é uma pena...). Se você tem uma encomenda numa determinada cor, seu cliente não que saber de outra.
• Se você tem prazo para entregar uma encomenda então você assumiu um compromisso (já cheguei a virar a noite tricotando só para não deixar minha cliente na mão...)
• Controle de qualidade se faz por amostragem quando o produto é entregue ao comprador. Se a empresa importa um container de fios, não ensaia nada e espera que o consumidor reclame caso ocorra alguma não conformidade, para então ver o que aconteceu, o consumidor está sendo tratado como um idiota.
• Se um consumidor pede para falar com o responsável pelo setor de atendimento ao cliente, ele não quer falar com a atendente, que tem seu discurso de tele-atendimento decoradinho, na ponta da língua...
  

Financeiramente falando: paguei R$ 55,20 pelos 5 novelos (preço de atacado). Como o fio é do tipo space dyed (ou mesclado com repetições definidas), cada pedaço de fio 'cortado' significa o descarte de todo o comprimento daquela cor onde ocorreu o nó, a menos que esteja fazendo um trabalho do tipo 'uniforme camuflado' ou um tricô meia- boca, onde as repetições das cores pouco importa. (Quem tal uma manga de um casaco diferente da outra?).
Entre emendas e nós, perdi cerca de 12 metros de fio....
O valor material da perda é pequeno: menos de R$ 1,00.
Mas a irritação pela falta de considerção com quem consome, a esta não tem preço..... ou melhor, tem preço sim: um imenso arrependimento por ter gasto meu dinheiro, meu tempo e minha boa vontade em tecer com o dito cujo fio (que me encantou a primeira vista) e ainda por cima ter criado uma receita especialmente para ele...
Aliás, tricoteiras-arteiras fiquem atentas ao lote defeituoso!

O Tricô no coração e na mídia

Desde a criação do blog As Tramas de Milady procurei exaltar a minha paixão pela arte tramada com fios e agulhas.
O tricô entre todas as artes com agulhas é a minha grande paixão. Paixão de longa data.
Tricoto por prazer, viajo entre fios, brinco com as texturas criadas a partir do movimento de vai e vem das agulhas envolvendo fios coloridos, planos, retorcidos.
Às vezes me chateio com os nós que surgem na minha trilha em busca de novas formas, mas não me deixo desanimar pelo descaso dos fabricantes de fios que insitem em não respeitar o que teço com tanto carinho.
Em cada trabalho cuidadosamente tecido ponto por ponto coloco meus melhores sentimentos.
Algumas artes me ocupam apenas por algumas horas, outras, às vezes por semanas e semanas. Mas ao final, todas têm um significado muito especial: pequenas ou grandes artes, não importa, são minhas artes.
Acho que este sentimento norteia concientemente ou não cada mulher ou homem que se dedica a arte de tricotar.
Nós, meninas e menino do Grupo Montricot sabemos muito bem o que é este sentimento de tricoteira(o)-arteira e somos absolumente orgulhosos de cada ponto que tramamos..
Para nós tricotar em público vai muito além de mostrarmos o quanto é gostoso tricotar onde quer que seja.
Quando nos reunimos para tricotar, na verdade estamos celebrando e brindando coletivamente a amizade e a alegria que 2 agulhas e um novelo de fio tráz aos nossos dias.
Tomara possamos fazer isso sempre, mais e mais e por muito tempo.
Tomara a nossa alegria e os nossos bons sentimentos colocados numa 'obra tricotística' e mostrados na midia sirvam de inspiração a outras pessoas.
Tricotar é uma atitude do bem e tricotar com amigos é melhor ainda...