sexta-feira, 14 de março de 2008

OT - Recadinho de uma aprendiz de blogeira para as blogueiras de verdade


Vira e mexe recebo demonstrações escancaradas de carinho em vários blogs de meninas arteiras do tricô, crochê e outras artes. São prêmios e menções virtuais que de virtuais não tem nada...
Me sinto constrangida em não retribuir a altura toda essa simpatia e generosidade e
para falar a verdade, não tenho a menor idéia de como se passam estes prêmios adiante.
Não é segredo prá ninguém que sou analfabeta digital e que me atrapalho até na hora de postar alguma coisa. Peço um milhão de desculpas a todas que me acarinharam, por não repassar os 'premios' que me concederam e deixo
Um grande e caloroso abraço nada virtual e cheio de carinho, a todas, por suas boas palavras e lembranças.
E me aguardem, um dia eu aprendo!



quinta-feira, 13 de março de 2008

Fibras sintéticas aliadas ou inimigas? Você decide!

Quando resolvi falar um pouco sobre os nossos grandes inpiradores nas artes do tricô, sabia que teria muita dificuldade em elaborar um texto consciso para falar das Fibras Sintéticas.
Essas nossas 'aliadas', feitas pelo homem, nos acompanham 24 horas por dia. Aquele edredon fofinho que lhe aquece a noite, é recheado de 'manta acrilica'. A sua roupa intima confortável é de microfibra e elastano. No seu colchão, seu sofá, sua roupa, quer você queira ou não, algum tipo de fibra sintética está lá, a cruzar seu caminho.
O 'boom' das fibras sintéticas começou após a Primeira Grande Guerra e teve seu apogeu nas décadas de 50 a 80. Com apelo altamente emocial ao 'ego' feminino, o Nylon e o Acrilico invadiram as prateleiras de todos os cantos do mundo em peças de vestuário que não precisavam ser passadas (quem gosta de passar roupa???!!!). Quem tem mais de 40 anos certamente vai se lembrar do Tergal* ou da Camisa Volta ao Mundo*.
Saudosismos à parte, o que essas fibras a final tem a haver afinal com o seu tricô do dia a dia? A princípio quase tudo.
O Acrilíco, o Nylon, a Poliamida, o Poliester, o Polipropileno só para dar alguns exmplos, são todos polímeros sintéticos derivados do petróleo (polímero, a grosso modo pode ser definido como uma borracha sintética). Cada uma dessas fibras é resultante de um processo quimico.

Mais de 70 por cento dos fios encontrados no mercado brasileiro apresenta algum tipo de fibra sintética na sua composiçãos. É só ler o que está escrito no
rótulo daquele fio lindo que você acabou de comprar.
Os acrílicos são os mais comuns entre os fios utilizados para tricô, crochê ou outras artes com agulhas.
São resistentes, leves, pouco elásticos.Tem baixo custo como produto acabado. Como a maioria das fibras sintétias, não permite a troca de calor, ou seja, se você transpira, o seu suor 'fica ' em você, deixando aquela sensação de 'molhado e frio'.
São pouco resistentes à abrasão (
ai aquelas bolinhas horríveis que surgem no seu lindo trabalho após pouco tempo de uso!). A maciês e o brilho destes fios está ligada aos diversos tipos e processos de tingimento e torção.
A idéia principal dos fios acrílicos é 'imitar' os fios naturais e representa uma 'alternativa' barata às lãs e algodões. As fibras acrílicas quando queimadas 'propagam' fogo por algum tempo, e o 'produto' resultante dessa queima é um pedaço de 'plástico' duro e preto. As peças tecidas com fios acrilicos são fáceis de lavar e porisso são uma boa alternativa para as roupinhas de bebês e crianças.
O nylon é leve, forte, elástico, resiste a abrasão, não estica nem encolhe (exceto sob altas temperaturas) e é fácil de lavar. Quando combinado à lã natural confere elasticidade e resistência ao produto final.
O poliéster é o tipo o mais comum de fibra sintética. Quando adicionado às fibras naturais lhes confere maior resitência. É fácil de lavar e seca rapidamente.
A poliamida, a microfibra, o elastano, são fibras sintéticas desenvolvidas e patenteadas por algumas empresas como a Rhodia ou Dupont.
O polipropileno é um tipo de 'plástico' usao em garrafas pet e outros tantos 'potes' e embalagens'.

Como a idéia destas postagens foi apenas passar informações básicas sobre cada tipo de fibra que compõem os nossos 'inspiradores' fios, mesmo sabendo que não falei nem um décimo de tudo que poderia ter falado vou partir para outras esferas mais interessantes para nós tricoteiras arteiras.
Resumindo tudo o que foi dito nas últimas postagens, as opções para as nossas artes são muitas. E quem decide o que é melhor para compor sua obra de arte é você. De acordo com o seu gosto, necessidade, bolso.
Mais importante que este ou aquele tipo de fio é o que você vai fazer com ele.
É possível se criar obras primas com fios simples e baratos desde que tenham qualidade.
De nada adianta investir uma fortuna 'naquele fio maravilhoso' se ele não se adequa ao modelo que você vai tecer.
Porisso, mesmo sendo um exercício quase penoso resistir à tentação de comprar o 'último lançamento', pense e pense se o que você 'precisa' comprar é mesmo aquele fio carésimo. Será que ele sozinho será capaz de dar vida a sua obra de arte?
Não é o fio ou a agulha que dão vida a nada. A vida e a materialização do que você tece vem de você. Sem você, fios e agulhas são objetos inanimados.
Através das suas mãos eles tomam forma, ganham vida, aquecem, enfeitam, alegram, preenchem momentos difícieis de nossas vidas.
Fazer tricô não é apenas se sentar com 2 agulhas nas mãos e um fio, é um momento nosso e só nosso. Nosso momento de criação, contemplação, paz interior...